O Artista
Élon Brasil nasceu na urbana Niterói e dedicou sua vida aos negros, aos índios e à alma das coisas. Élon viveu dois anos com o pajé Mayuta, debruçado sobre o rio Tanguru. Foi seu período de iniciação na selva, quando perdeu o “cheiro de civilização”. No entanto, ele começa a pintar os índios apenas em 1986, com a tribo Tukano, às margens do rio Negro, no Amazonas. O livro traz lembranças da época da ditadura militar, ainda em Niterói, da amizade com Jorge Amado e Menotti del Picchia, da vida em São Paulo e de experiências nas tribos e em Benin, na África. Sua arte chega ao espectador no estado mais descomplicado e despretensioso. “Élon pinta com precisão rigorosa, usando tinta e a matéria dos sonhos, a que não sabemos dar nome”, define Arantes.