Bacalhau na vara - 30x40
Riachinho da felicidade - 40x79
Cabaret ceu azul - 35x45
Match Point - 40x50
Encontro de anjos com rabinos - 60x80
Pesca do Xareu - 50x70
Capoeira na Galeria - 40x40
Voando - 90x100 - triptico
Casamento - 27x46
Dila
(Dileusa Dinis Rodrigues)
Nasceu em 1939 em Humberto de Campos, Maranhão. Autodidata iniciou sua carreira em 1968 quando já residia em São Paulo. Participou de inúmeras exposições como, por exemplo, uma individual na Galeria Gradiva de Buenos Aires em 1973, no Museu Histórico do Maranhão, São Luis em 1988 e na Galeria Jacques Ardies, São Paulo em 1989, 1995 e 2005.
Em 2008, Dila voltou à sua terra natal, fixando residência em São Luis, onde foi recebida com muito carinho. Dila sempre esteve amarrada às imagens da memória, ao cotidiano nordestino e às lembranças da infância. Ela se tornou uma pintora de grande notoriedade e foi bastante procurada para realizar grandes murais encomendados pelas autoridades culturais da cidade de São Luis do Maranhão. Faleceu em novembro de 2022
Waldemar
(Waldemar de Andrade e Silva) 1933 – Timburi, SP São Paulo,
Foi lavrador, comerciário, pugilista e ator de teatro. Seguindo os passos do seu irmão Neuton, Waldemar acolheu a temática da vida do índio no Xingu para desenvolver seu trabalho artístico em 1968 e se tornou o artista conhecido por pintar os índios. Desde a infância, sentia-se atraído pelo assunto devido às suas origens, e sempre se considerou como se fosse um deles. Graças ao apoio dos irmãos Villas Bôas, antropólogos famosos, teve contato com o índio na sua intimidade. Foi para o Xingu em 1971 e durante anos, visitou os índios com frequência podendo observar sua forma de viver, seu cotidiano, seus rituais e suas festas.
Publicou o livro “Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros”, ilustrado pelos seus quadros e editado na Alemanha, no Japão e finalmente editado no Brasil pela FTD de São Paulo, em 1998. Transformado em pesquisador da cultura indígena, Waldemar criou um Museu do índio no Embu, em 2005. O artista faleceu em 2015.
Miriam
(Miriam Inês da Silva) 1939, Trindade – Goiás – 1996, Rio de Janeiro
Antes de se transferir para o Rio de Janeiro, estudou na Escola Goiana de Belas Artes, mas com certeza não ficou influenciada. No Museu de Arte Moderna carioca, estudou com Ivan Serpa que também não lhe impus nenhuma regra. Em seguida, Miriam começou a compor este seu universo icônico imbuído em parte da literatura do cordel, dos ex-votos e também mergulhado nos ritmos instigantes da música popular. Usou como suporte pequenos quadriláteros de madeira pintado com tinta à óleo. Desenvolveu sua temática principal: cenas de circo, santos em dias festivos, rodas de samba, ídolos da música popular brasileira, como se fossem pintadas num mural interiorano num estilo muito pessoal e de irresistível apelo popular.
Ernani Pavaneli
1942 – São João de Nepomuceno, MG
Transferiu-se para o Rio de Janeiro no intuito de se formar como analista de sistema. Ainda estudando, trabalhou para a empresa americana Honeywell, mas o que ele gostava mesmo era se dedicar à pintura. Como sempre, o começo foi difícil e o Ernani complementava o seu sustento com um serviço de tradução técnica de inglês.
A sua primeira exposição individual aconteceu na Galeria Toulouse do Rio de Janeiro em 1983 e no ano seguinte se apresentou na Galeria Jacques Ardies de São Paulo firmando tacitamente, a partir daquela data, uma parceria duradoura.
O empresário e colecionador francês Albert Laporte, apaixonado pela arte naif, ficou fascinado pela obra de Pavaneli e lhe dedicou uma exposição gigante, em 2005, com mais de 120 obras, no seu Museu de arte naif, em Béraut-Condom, França, cujo tútulo foi: ”Ernani Pavaneli, le Maître Naïf Brésilien”. Faleceu em 2019
Waldomiro de Deus
1944 - Itagiba, Bahia
De origem humilde, leva uma vida itinerante pelo sertão baiano, até vir para São Paulo em 1959, quando trabalha como engraxate. Começa a pintar em 1961, utilizando guache e cartolina encontrados na casa de um antiquário, onde trabalha como jardineiro.
Fez sua primeira exposição em 1962, no Parque da Água Branca, em São Paulo.
A partir de 1966, apresentou seus quadros em muitas galerias e museus ao redor do mundo como na Galerie Antoinette de Paris, Galerie Isy Brachot de Bruxelas, 18° Bienal de São Paulo, Galerie l´Oeil de Boeuf de Paris, Museu Anatole Jakovsky de Nice, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Galerie Charlotte de Munique, Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, entre outros. Realizou em 2014, no Museu de Arte de Goiânia, uma grande exposição retrospectiva da sua obra, comemorando seus 70 anos de idade. “Suas cores, seus temas, sua simbologia, sua personalidade e religiosidade se entrelacem e se confundem.
Edmar Fernandes
1982 (Edmar de Morais Fernandes)
Nasceu em Chã de Alegria no estado de Pernambuco, em 1982. Começou a pintar aos 10 anos de idade. Autodidata, mais tarde procurou se aperfeiçoar na sua técnica e estudou na Escolinha de Arte do Recife, mas sem perder o seu jeito particular de se expressar. Participou de dezenas de exposições coletivas e individuais, como por exemplo, o Salão de Artes Plásticas no Museu do Estado de Pernambuco, em 1998, o Fórum Ministro Arthur Marinho em 2001 e na exposição coletiva, O imaginário Brasileiro em 2008, todas no Recife. Em suas composições pacientemente elaboradas com muito detalhes, o artista nos apresenta a sua visão da vida do povo pernambucano, evidenciando a sua alegria de viver, os encontros festivos com cores exuberantes e luminosas.
Fernando Bispo
Nasceu em São Paulo, em 1954, e se mudou para Taubaté com 10 anos de idade. Primo de segundo grau do artista Arthur Bispo do Rosário, iniciou no mundo das artes ainda na adolescência, influenciado por Adão Silvério, Mestre Justino e Anderson Fabiano. Participou de diversas exposições coletivas e individuais em todo o país. Trabalhou como professor de arte em Cuiabá e em Taubaté, além de ter sido coordenador da oficina de sucatas da Fundart. Bispo produz obras enigmáticas e sente a necessidade de inserir a vida de uma multidão de gente com roupas coloridas que se encontram ao acaso em cenas movimentadas. Para ele, a arte é uma reflexão sobre a vida e uma viagem sem fim a um mundo imaginário.
Crisaldo Morais
1932 – 1997, Recife – PE
Formou-se em economia e iniciou-se à pintura como autodidata em 1968. Fixou residência em São Paulo, trabalhando para a companhia aérea Varig como executivo em relações públicas.
Morais falava bem e com entusiasmo, era carismático e rapidamente tornou-se líder do movimento da arte naif que debutou na Praça República.
Sua obra foi notada pelo crítico de arte, Anatole Jakovsky que o incluiu no livro “Dictionnaire des Peintres Naïfs du Monde Entier”. A pintura de Morais, requintada e de primorosa execução, enfoca os mitos da tradição popular afro-brasileira, suas deusas principalmente, bem como figuras das danças populares da sua região em cores chapadas e vivas. Ele organizou uma mega exposição coletiva de arte naif no Masp em 1975 que viajou em seguida para Londres na Hamilton Fine Art Gallery e em Bruxellas na Galerie Diericx. Em 1986, retornou ao Recife, onde abriu uma galeria de arte, e faleceu em 1997.
Neuton de Andrade
(1938 – Timburi, SP - 1997 – São Paulo)
Trabalhou nas colheitas de café e de algodão. Transferiu–se para São Paulo e foi entregador de roupa, comerciário e bancário. Dedicou-se à pintura profissionalmente a partir de 1959. Expus, no “X Salão Paulista de Arte Moderna” e realizou várias exposições individuais como na Galeria Ambiente (1961), na Galaria da Casa do artista (1962 e 1963), na Galeria Azulão (1967) e Galeria Atrium (1968). Em 1975 foi incluído na mega mostra “Festa de cores” montada no MASP. Participou da exposição inaugural da Galeria Cravo e Canela em 1979 e realizou uma individual na Galeria Jacques Ardies, São Paulo (1980) e na Galeria Jean-Jacques, Rio de Janeiro (1982). “A sua arte singela e populista tem a candura das interpretações diretas e sucintas; no máximo avança até algumas nesgas do nosso folclore. Vocação, instinto e humildade equilibram os assuntos que expressa uma visão do mundo através duma sensibilidade infantil e carismática" escreveu o crítico de arte José Geraldo Vieira.
Envie uma mensagem!