SILVIA DE LEON CHALREO
1905 – Rio de Janeiro 1987 – Rio de janeiro Professora diplomada, bacharelou-se em Direito e exerceu também o jornalismo e a critica de arte em jornais cariocas. Seu interesse pela pintura de temática popular começou nos anos 40, e já em 1943 suas telas eram aceitas pelo júri do importante “Salão Nacional de Belas Artes”, na sua Divisão Moderna, obtendo Menção Honrosa (1943), Medalha de Bronze (1947), Medalha de Prata (1948), bem como Isenção de Júri, no Rio de Janeiro. Expôs individualmente pela primeira vez em São Paulo, na Livraria Brasiliense (1945), iniciando uma brilhante carreira como pintora que a levaria a expor, só ou em coletivas, nos EUA, em vários países da Europa e principalmente nas galerias de arte do eixo Rio-São Paulo. A pintura de Silvia, simples, despojada de artificialismo, pura e extremamente sensível, capta aspectos da vida brasileira nas praias, nos parques de diversões, nos subúrbios, geralmente minúsculas figuras que se agrupam no anonimato das multidões. “Silvia sente-se, sobretudo atraída pela poesia da ingenuidade. Dir-se-ia que ela procura despojar-se de toda sabença escolar para chegar a uma expressão sintética limpa de literatura.” Escreveu Sérgio Milliet, em1945. “… Ruas, cidades de Sílvia: sob a pura claridade, em todas as casas, vive a graça da fraternidade… Tão Brasil! Ó Silvia, onde tu fores levas algo de nós, puro e gentil.” Escreveu Carlos Drummond de Andrade em 1968.